
Rio - Trezentos mil evangélicos reuniram-se neste sábado no Centro do Rio na Marcha para Jesus, que tinha como mote o ‘direito a liberdade de expressão’ — referência ao Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia. Ao longo da manifestação, que começou na Central do Brasil e terminou com a apresentação musical na Cinelândia, evangélicos seguravam faixas contrárias ao projeto de lei e ao aborto.
“O mote da marcha é ‘a favor da liberdade de expressão, religiosa e da família tradicional’.
Quero ter o direito de criticar (o homossexualismo). Esse é um
princípio do estado de direito”, disse o organizador, pastor Silas
Malafaia. Pouco antes de chegar à Cinelândia, um dos líderes do evento,
o pastor Alexandre Esquerdo, pediu que os evangélicos gritassem em
coro: “Governador, autoridades, é Jesus Cristo que comanda essa
cidade”.
Minutos depois, Malafaia pediu orações
para políticos e agradeceu o apoio da Prefeitura do Rio, que liberou
R$2,4 milhões para o evento. “Pela primeira vez, a prefeitura apoia a
marcha de Jesus. E devolvemos dinheiro. Agora pergunta se a passeata
gay devolve dinheiro”, disse o pastor. Mais tarde, Malafaia explicou
que a prefeitura adiantou 80% do valor e que a organização não pegaria
os 20% restantes. “Ou seja, devolveremos R$ 410 mil”, explicou.
Dois dias após o Dia Internacional contra
a Homofobia, o prefeito Eduardo Paes afirmou que patrocinar eventos
católicos, evangélicos e a parada gay é papel da prefeitura. Mas
garantiu que é contrário a “qualquer tipo” de discriminação. “Essa é
uma cidade aberta e livre. Acho a União Civil entre homossexuais algo
absolutamente normal. Qualquer tipo de preconceito é ruim”, afirmou.
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